Bando De Cá
Tudo e um pouco a mais


segunda-feira, 30 de junho de 2003  

Placebo

Conversando coisa de um mês atrás com André Martins, vocalista e líder da banda de pós-punk Jeanna Fine, comentei que o Placebo era a melhor banda de rock da atualidade, André disse algo como: "da atualidade? O Placebo é a melhor banda de rock de todos os tempos!" Eu ainda não tinha ouvido o novo trabalho dos mancebos, Sleeping With Ghosts e ri do exagero. Depois de ouvir o disco (valeu pelo piratão, FSX!) entendo a euforia do rapaz e digo até: o Placebo é a melhor coisa que surgiu no cenário do rock inglês desde os Smiths.

Sleeping with Ghosts é o sucessor de um disco que só pode ser classificado como do caralho, Black Market Music. A diferença é que no Sleeping... Brian Molko (vocalista e guitarrista) chegou ao topo de uma escalada como letrista que já vinha de longe. As letras são poesia pura, basta lê-las no encarte (se você tiver o cd original, no meu caso eu imprimi e li mesmo) que a musicalidade dos versos salta aos olhos. Além disso, as melodias das canções colocam gente como Noel Gallagher e aquele bosta do Coldplay no chinelo, fácil, fácil.

O disco começa com o petardo instrumental "Bulletproof Cupid", Brian Molko tirando aqueles sons que só ele sabe tirar das guitarras e Steve Hewett estraçalhando tudo na bateria. A próxima boa surpresa é a belíssima "This Picture", provavelmente a melhor música do Placebo, com as ótimas rimas inusitadas que são marca registrada de Molko como, "angelic fruit cake" com "control your intake" ou "open sores" com "semaphores". A faixa-título é uma balada sofrida e bonita sobre a perseverança do amor em tempos conturbados. É bom ver gente que fala de amor sem ser meloso e piegas. O single "The Bitter End" é um rock veloz, melódico e eficiente; para pular nas festas.

A próxima que te pega pelo pescoço e não larga mais é "Plasticine", com sua pegada punk e letra inteligente: "beauty lies inside desire / and every wayward heart redeemed / that doesn't sell it's soul for self-esteem". As baladas "Special Needs" e "I'll Be Yours" mantêm o nível lá em cima, mas a coisa volta a ficar muito séria com "Protect me From What I Want" e seu tempo diferente de tudo que o Placebo já fez e métrica impecável. O disco fecha com "Centerfolds" que prova que até quando os caras querem fazer uma balada rasgada, no limiar entre o bom gosto e o Elymar Santos, fazem diferente: atenção para o piano fantasmagórico (é esse o adjetivo, ouça e você vai entender) do refrão.

Enfim, um disco obrigatório para quem gosta de rock feito por pessoas sensíveis e inteligentes, mas que não são frescas nem caretas. Ouça agora.

Fabiano Morais

posted by RENATO DOHO | 12:46 AM


segunda-feira, 23 de junho de 2003  

Dawson's Creek



E a série chega ao seu final. Como comecei a ver o seriado? Havia uma expectativa em ver o que o criador de Pânico faria na tv, mesmo sabendo que seria uma série dramática e não de suspense. Fui fisgado pelo episódio piloto que estabelecia quase toda a série: o relacionamento de Dawson e Joey, amigos desde crianças agora perturbados com as mudanças de idade; uma nova moradora para criar um triângulo amoroso (que vai se modificar muitas vezes durante a duração da série); a paixão de Dawson pelo cinema e por Spielberg; falas cheias de referências e complicadas para a idade dos protagonistas (houve reclamações do público quanto a isso); boa escolha de músicas e um toque emocional. Muitas pessoas passaram pela série, Katie Holmes deve ter sido a que mais se beneficiou com a série. Outras beldades que passaram pelo seriado foram Monica Keena, Sasha Alexander e Brittany Daniel.

A primeira temporada quase que completa é marcante, destacando o piloto e o episódio que faz uma homenagem ao Clube Dos Cinco. Vários outros episódios das demais temporadas foram significantes. Havia sempre um episódio da temporada que não tinha nada a ver com a trama do seriado, um suspense, apesar de divertidos não eram lá grande coisa.

Muitos acham que o seriado devia ter terminado em Capeside, sem mostrar a vida acadêmica dos personagens, desvirtuando a origem do seriado. É verdade que desvirtuou, os roteiristas tiveram que forçar a barra para deixar os principais personagens rondando Boston ao invés deles seguirem para as mais variadas partes do país como seria na realidade, mas no meio disso tudo houve bons epísódios, inclusive o triste episódio da morte do pai de Dawson.

Então se você por acaso não viu o seriado tente ver a caixa de dvds recém lançada por aqui para ser fisgado também. Em Julho a Sony reprisará todos os episódios da última temporada.

Nota - a abertura internacional do seriado na sua primeira temporada tinha como tema a bela Run Like Mad da Jann Arden, música nunca gravada inteira e nunca lançada em lugar algum, nos EUA o tema era a oficial, I Don' Want To Wait de Paula Cole. Vale conhecer essa versão alternativa da abertura, que eu considero muito melhor.

posted by RENATO DOHO | 10:49 PM
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